Epifanias de paisagem
Coletiva Contemporâneas e Pós-Contemporâneas
MACC - Campinas-SP 2004
Vestígios de Paisagens
Vestígios de paisagens são imagens que não correspondem a lugares determinados no mundo da minha realidade exterior ou de meus sentimentos normais. São misteriosas alusões que criam uma realidade e expressam a necessidade que tem meu espírito de viver nelas.
São paisagens desveladas, reveladas, arrombadas, violadas
Paisagens perplexas, suspensas, enigmas
Paisagens libertas, imaginantes, ambivalentes
Paisagens de devaneio
Vestígios de paisagens
Paisagens Líquidas – Tríptico
Reflexões em espelhos propriamente ditos, em espelhos dágua e até através da superfície da terra, considerada como um estranho espelho opaco quando olhamos para as raízes como se fossem reflexos dos galhos de uma árvore, são imagens que permearam meu trabalho por algum tempo.
Paisagens Líquidas foram obtidas de registros de reflexões de vegetação localizada próxima de espelho dágua natural. Denominei-as“Paisagens Líquidas” por um lado, porque as apresento invertidas, e por outro lado, por considerá-las imagens ambivalentes, metáforas doconceito de identidade líquida de Zygmunt Bauman.
9º Salão de Artes Visuais de Guarulhos – 2009
Premiação de 1º Lugar pelo Júri Técnico
Foto Grafias
Reflexões em espelhos propriamente ditos, em espelhos d água e até através da superfície da terra, considerada como um estranho espelho opaco quando olhamos para as raízes como se fossem reflexos dos galhos de uma árvore, são imagens que permearam meu trabalho por algum tempo.
As imagens que fazem parte integrante desse ensaioforam obtidas de detalhes de galhadas secas em espelho dágua natural. Denominei-as “Foto Grafias”, pelo resultado apresentado pelas próprias imagens, que remetem a desenho e aguadas de nanquim.
A ambivalência das imagens, que ora parecem desenhos, ora apresentam indícios de fotografia, é uma característica que tentei explorar de forma exaustiva.
Sob o título de Foto Grafias o trabalho de Alice Grou traz significativas reflexões sobre em que espaço discursivo a fotografia contemporânea opera. A partir de uma divisão etimológica aparentemente simples é dada origem a duas novas palavras que, por sua vez, sugerem alterações na natureza do próprio meio em questão. Por essa estratégia é posto em evidência o modo como o fazer fotográfico sofrera, ao longo dos últimos anos, contaminações e desdobramentos que afetaram o seu eixo constitutivo.
Programa de Exposições do Centro Universitário Maria Antonia – São Paulo - junho/2009
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Objeto Instalação -
O Grau 3 do Hipercubo 4D
Em Geometria um Hipercubo 4D é o análogo em dimensão 4, do quadrado no plano bidimensional e do cubo usual no espaço de três dimensões.
Através da projeção central desse objeto da quarta dimensão no espaço tridimensional, que iremos denominar de O Grau 3 do Hipercubo 4D, e de sua utilização como suporte para esse trabalho, são exploradas múltiplas propriedades da reflexão em espelhos, que foram dispostos em algumas de suas faces. Nas demais, imagens fotográficas criam um jogo de imagens especulares justapostas e amalgamadas que dão a impressão de aparições prodigiosas. Pura ilusão perceptiva.
Objeto construído em acrílico espelhado, de medidas 78 cm x 78 cm x 78 cm. Dois espelhos de 120 cm, um no teto e outro em uma das paredes de uma sala branca, completam a instalação.
Exposição Coletiva Ateliê Aberto – 2008 Campinas - SP
Instalação Esculturas de Nós
Material utilizado: 28 galhos de madeira (de alturas aproximadas de 2.80m) com pintura automotiva de cor preta e dois espelhos verticais de medida unitária 1m x 3m.
“Esculturas de Nós” é um trabalho que surgiu da iminência e do desconforto provocados pela morte de algumas árvores frutíferas (jabuticabeiras) que não resistiram a um processo de transplante a que foram submetidas e morreram algum tempo depois, num período já de início de frutificação. Os nós que aparecem nos troncos são indícios de que os frutos estavam em maturação. Uma ligação muito forte desde a infância com esse tipo de árvore que possui florada de aroma indescritível e frutos de sabor ímpar, confere a esse trabalho o significado de uma homenagem. Quando criança passava horas a fio nos galhos de jabuticabeiras carregadas, saboreando seus frutos como num ritual, num lugar e num tempo de verdadeira magia.
